Wednesday, March 28, 2007
Hilda Hilst: Nameless Songs
I.
May this love neither blind me nor follow me.
And may it never notice me.
May it spare me from being pursued
And from torment.
From only being so that he knows me.
May the gaze not lose itself among the tulips
Because such perfect forms of beauty
Spring from the glare of shadows.
And my Lord inhabits the glimmering dark
From a clutter of ivies on a high wall.
May his love only make me discontent
And tired of tiredness. And may I
Shrink before so many weaknesses. Small and soft
Like spiders and ants.
May this love see me only in parting.
I.
Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua do estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida.
Source: Cantares do Sem Nome e de Partidas - SP: Massao Ohno, 1995.
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1 comment:
ai lavinia olha: isto me perturba
de tal modo,
que mal consigo ler direito...
obrigada por tu seres...tu.
~
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